Uma revelação recente destacou o envolvimento de Venkateswari Alagendra, cunhada de Karim Khan, o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), como advogada de defesa de Nicolás Maduro em investigações de crimes contra a humanidade na Venezuela. Esse fato trouxe à tona possíveis conflitos de interesse e gerou debates sobre a transparência e imparcialidade no tribunal.
Durante uma audiência em novembro, Alagendra desempenhou um papel crucial na defesa do presidente venezuelano. O aspecto mais controverso não foi a sua participação ativa, mas sim os seus laços familiares com o promotor-chefe do tribunal, uma relação que só agora vem sendo amplamente discutida.
Posicionamento do TPI
Em resposta à polêmica, a promotoria-chefe do TPI reiterou que a composição da equipe de defesa que representa a Venezuela sempre foi de conhecimento público. Afirmou também que durante as audiências, nenhuma objeção foi levantada por qualquer parte quanto à participação de Alagendra, sugerindo um certo grau de aceitação ou, pelo menos, negligência para contestar esse possível conflito.
A participação de Alagendra na defesa de Maduro sem objeções prévias levanta questões sobre a diligência das partes envolvidas e a supervisão de possíveis conflitos de interesse em tribunais internacionais. Esse incidente pode provocar uma revisão dos procedimentos de declaração de conflitos de interesse no TPI e pode demandar maior vigilância sobre como essas situações são geridas.
Fonte: Washington Post