O pastor Silas Malafaia (ao centro na foto) participou da manifestação das frentes evangélica e católica da Câmara sobre o PL do aborto, nesta quarta-feira, 19, e não deixou passar a declaração de Lula sobre a criança que nasce de um estupro, que o petista chamou de “monstro”.
“Eu fiquei vendo o Lula ontem dizer que o que nasce é um monstro. Monstro é esse estúpido que não sabe o que está falando. Aquilo é um ser humano, que monstro? Presidente da República… E a minha indignação é ver um cara daquele falar sobre estuprador e ver a esquerda falar, quando eles protegem”, reclamou Malafaia, dizendo que o projeto de lei sobre aborto apresentado por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) vai passar por debate após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirar a urgência para votação.
Sóstenes também falou sobre o projeto. Autor do projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio, Cavalcante afirmou que não abrirá mão “do cerne do projeto”, que ainda deve sofrer ajustes.
"Eu fiquei vendo o Lula ontem dizer que o que nasce é um monstro. Monstro é esse estúpido que não sabe o que está falando", diz o pastor Silas Malafaia na Câmara. https://t.co/LdOSp8vcBW pic.twitter.com/VfxdDfXGXr — O Antagonista (@o_antagonista) June 19, 2024
Evangélicos
“O projeto pode ser amadurecido. Contribuições para enfrentar os estupradores com mais pena, estamos dispostos a cumprir e [fazer] ajustes no texto. Nunca vi um projeto de lei entrar nesta Casa [Câmara] e sair na segunda Casa [Senado] igual entrou”, disse Sóstenes na entrevista coletiva, que também serviu para tratar da troca de comando da Frente Parlamentar Evangélica (FPE).
O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) assumiu o comando da bancada evangélica do Congresso Nacional. Pastor da Assembleia de Deus, ele e seu antecessor, o deputado Eli Borges (PL-TO), concordaram, após uma eleição acirrada no início de 2023, em revezar o comando da frente, que conta com 203 deputados federais e 26 senadores.
PL do aborto
Após reunião do colégio de líderes, o presidente da Câmara anunciou na terça, 18, que vai criar uma comissão parlamentar para discutir o projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.
Lira ressaltou que o colegiado vai funcionar apenas no segundo semestre e que apenas em agosto fará a indicação dos integrantes da comissão. Lira disse que esse colegiado será composto por integrantes de vários partidos e que a missão desse grupo será ouvir especialistas e a sociedade civil sobre o tema.
Fonte: O antagonista