‘Recuperando minha elegibilidade, ganho as eleições’, diz Bolsonaro

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18/01/2025 19:17 | 7 min de leitura


ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (18) que tem certeza que, caso recupere a elegibilidade, ganha as eleições presidenciais de 2026. O político ainda comparou a inelegibilidade dele à ditadura venezuelana. As falas foram dadas a jornalistas durante a manhã, quando Bolsonaro levou a mulher, Michelle Bolsonaro, ao aeroporto de Brasília.

“Tenho certeza que, recuperando a minha elegibilidade, ganho as eleições. Eu inelegível é uma prova que estamos numa democracia como a da Venezuela, onde a oposição é eliminada por inelegibilidades como a María Corina [líder da oposição venezuelana] e o [Henrique, opositor] Capriles. Ou, então, como lá em El Salvador, na Nicarágua, onde sete opositores do Ortega estão presos”, afirmou.

 

Durante a fala, Bolsonaro questionou os motivos para estar inelegível.

“Que democracia é essa? Estou inelegível. Primeiro, por abuso de poder político por se reunir com embaixadores. A minha segunda inelegibilidade, abuso de poder econômico. Acabou o 7 de Setembro aqui em Brasília, entreguei a faixa para um assessor meu, ali fora, próximo a um milhão de pessoas, falei. O que eu gastei naquele evento? Não usei estrutura do governo para juntar aquele pessoal lá. Aonde quer que eu vá no Brasil a multidão está do meu lado”, completou.

Posse de Trump

O ex-presidente afirmou estar “abalado” e “constrangido” por não poder ir à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. O passaporte de Bolsonaro está retido desde fevereiro de 2024. Ele pediu a devolução do documento ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que negou a solicitação.

A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão de Moraes, mas o ministro também negou o recurso e manteve o passaporte retido. Dessa forma, Bolsonaro decidiu enviar Michelle para representá-lo na posse do presidente eleito Donald Trump. O evento está marcado para a próxima segunda-feira (20).

“Estou chateado, estou abalado ainda. Eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Essa pessoa [em referência a Moraes] decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo. Quando quer ignora o Ministério Público, faz o que bem entende. O objetivo é eliminar a direita do Brasil”, afirmou.

Ele também criticou o fato de não poder deixar o país mesmo sem ter condenação na Justiça.

“Sou investigado desde 2019, naquele fatídico inquérito das fake news, que está completando seis anos. Há dois anos aconteceu o 8 de Janeiro, e até hoje não sabem quem liderou a tentativa de golpe, segundo eles. Que golpe foi esse?”, disse o ex-presidente.

“Eu represento a direita no Brasil. Lamentavelmente, não pude comparecer nesse evento nos Estados Unidos sem ter uma condenação sequer. A imprensa do mundo todo vem noticiando isso daí. Não vão nos vencer por narrativas. Não pode uma pessoa no Supremo Tribunal Federal ser o dono da verdade, o dono do mundo, decidir o que faz com a vida de quem quer que seja”, continuou.

Com informações R7

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