A esquerda acabou? O que antes foi visto como a força política dominante na América Latina hoje parece viver um esgotamento sem precedentes. Na Bolívia, Evo Morales e Luis Arce transformaram um projeto coletivo em uma disputa interna; no Brasil, intelectuais progressistas já reconhecem que a esquerda perdeu centralidade e se tornou incapaz de dialogar com as novas gerações.
Em vez de oferecer respostas para problemas urgentes — como violência, desemprego e mobilidade social —, o campo progressista mergulhou em disputas identitárias e debates acadêmicos que afastam justamente a classe trabalhadora, sua base histórica. Até mesmo vozes de dentro do movimento falam em “fim de ciclo” e questionam se haverá forças para uma reconstrução.
FONTE: GAZETA DO POVO