AGORA: Jornalista que trabalhava na manifestação da opocisionista, María Corina, é presa pelo governo ditador de Maduro

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04/08/2024 12:26 | 7 min de leitura


A jornalista Dayana Krays foi recentemente detida em Caracas pelo regime do ditador Nicolás Maduro. Krays, que trabalha para o veículo jornalístico digital equatoriano LaDataEc, estava cobrindo uma manifestação convocada pela opositora venezuelana María Corina Machado quando foi capturada.

A detenção de Krays foi denunciada imediatamente pelo LaDataEc através de suas redes sociais. “Urgente, jornalista de La Data foi detida pelo regime de Maduro!”, anunciou a plataforma no X. A jornalista foi detida por agentes do governo de Maduro após cobrir uma manifestação que questionava a legitimidade das eleições na Venezuela.

Motivo

As autoridades venezuelanas têm intensificado a repressão a jornalistas e ativistas políticos. Nos últimos dias, várias detenções e expulsões foram registradas. Segundo o LaDataEc, Dayana Krays foi acusada de “promover o ódio”, uma justificativa frequentemente usada pelo regime para silenciar críticas.

A Associação de Jornalistas Venezuelanos no Equador (APEVE) foi uma das tantas entidades que condenaram a prisão de Krays, classificando a ação como um ataque direto à liberdade de imprensa. Essa repressão coordenada pelo governo de Maduro é vista por muitos como uma tentativa desesperada de manter o controle sobre a narrativa que vem do país.

Dayana Krays

Maduro expulsa jornalista espanhol

No mesmo sábado em que Dayana Krays foi presa, o regime de Maduro também expulsou o jornalista Álvaro Nieto, diretor do jornal espanhol The Objective. Nieto foi interrogado por duas horas e depois expulso sem qualquer explicação. A Associação de Imprensa de Madri (APM) denunciou o ocorrido, afirmando que isso demonstra “desprezo pela liberdade de imprensa”.

Nieto foi impedido de entrar em contato com a Embaixada da Espanha durante sua detenção, o que caracteriza uma violação de direitos básicos. A medida de expulsar jornalistas estrangeiros tem sido uma ferramenta frequente do regime de Maduro para impedir a divulgação de informações sobre a real situação no país.

Álvaro Nieto

O que é o método “Tun Tun” na repressão venezuelana?

O regime de Nicolás Maduro tem utilizado o temível método “tun tun” para perseguir opositores e ativistas de direitos humanos. Essa prática envolve oficiais do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), que batem nas portas dos procurados sem nenhum mandado ou acusação.

O nome “tun tun” remete ao som de uma mão batendo na porta e foi popularizado por Diosdado Cabello, um dos líderes chavistas, em 2014. No sábado, Yendri Velásquez, um conhecido ativista dos direitos humanos e diretor do Observatório Venezuelano da Violência LGBTIQ+, foi preso no aeroporto de Maiquetía, perto de Caracas, utilizando esse método arbitrário.

Diosdado Cabello

Repercussões internacionais

A pressão internacional sobre o governo de Nicolás Maduro tem aumentado à medida que mais incidentes desse tipo ocorrem. Muitas organizações de direitos humanos e entidades jornalísticas estão exigindo respostas e ações concretas para garantir a liberdade de imprensa e a proteção dos direitos humanos na Venezuela.

Associação de Jornalistas Venezuelanos no Equador (APEVE) expressou veementemente sua condenação à prisão de jornalistas como Krays.
Associação de Imprensa de Madri (APM) criticou a expulsão de Álvaro Nieto, afirmando que tais ações são parte de uma estratégia maior de silenciamento.
O aumento da repressão tem levado a um êxodo de jornalistas e ativistas para fora da Venezuela, buscando segurança e a liberdade de continuar seu trabalho.

Cenário preocupante para a liberdade de imprensa na Venezuela

A recente onda de repressão contra jornalistas como Dayana Krays e Álvaro Nieto é apenas uma parte do complexo cenário de direitos humanos na Venezuela. Com o uso de métodos arbitrários como o “tun tun”, o regime de Maduro continua a manter um controle firme e autoritário sobre o país, silenciando vozes dissidentes e perpetuando uma atmosfera de medo e repressão.

A comunidade internacional está vigilante, mas a real mudança dependerá de uma pressão constante e consistente para que os direitos básicos de liberdade de expressão e de imprensa sejam respeitados na Venezuela.

Fonte: Terra Brasil Notícias

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