A argelina Imane Khelif se tornou campeã olímpica, nesta sexta-feira (9), ao vencer a chinesa Yang Liu na final da categoria peso médio (até 66kg) feminina do boxe de Paris 2024.
No estádio de Roland Garros, Khelif dominou a luta, não deu brecha para Liu e venceu por decisão unânime dos juízes, sendo ovacionada pelo público presente nas arquibancadas. Foi a segunda medalha da Argélia, a segunda de ouro.
Imane Khelif, de 25 anos, é alvo de uma das maiores polêmicas da Olimpíada de Paris. A atleta sofreu diversos ataques preconceituosos ao longo da competição por conta de um desentendimento entre Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Associação Internacional de Boxe (IBA).
Quando a italiana se retirou do ringue, a ação foi considerada por muitos como uma reação à participação da adversária. Isso porque Khelif, da categoria até 66kg, e a taiwanesa Lin Yu-ting, da categoria até 57kg, foram autorizadas a participar dos Jogos Olímpicos mesmo após serem reprovadas no teste de gênero.
A decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) desagradou atletas e fãs da modalidade.
O porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams, afirmou na sexta-feira (2) em entrevista coletiva que a boxeadora argelina Imane Khelif, participante da Olimpíada de Paris 2024, “nasceu mulher, foi registrada como mulher, vive sua vida como mulher, luta boxe como mulher, tem passaporte de mulher”.
Ainda na sexta-feira (2), a boxeadora italiana Angela Carini pediu desculpa pela forma como tratou a pugilista argelina Imane Khelif após a luta, nos Jogos Olímpicos de Paris, na categoria de 66 kg feminino.
CNN Brasil