Um acidente com um avião executivo Learjet 55 ocorreu na quarta-feira (24) no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, Venezuela. A aeronave caiu logo após a decolagem, interrompendo temporariamente as operações do terminal. Duas pessoas foram resgatadas com vida e permanecem estáveis, mas as autoridades ainda não divulgaram o número total de vítimas nem confirmaram a identidade de todos os passageiros. Entre eles estava Ramón Carretero Napolitano, empresário panamenho conhecido por seus negócios com a ditadura de Nicolás Maduro.
Carretero construiu sua fortuna principalmente a partir de contratos públicos na Venezuela, que, entre 2013 e 2014, totalizaram cerca de US$ 769 milhões, envolvendo obras de infraestrutura, como estádios, ginásios e reformas de hotéis na costa caribenha. Parte desses recursos foi gerida pela Fundação Pro-Pátria 2000, ligada à Presidência e controlada por familiares da primeira-dama Cilia Flores. Documentos obtidos por investigações jornalísticas mostram que valores também foram transferidos para empresas e contas de Juan Carlos López Tovar e sua esposa no Panamá, incluindo movimentações financeiras suspeitas e aquisições de imóveis de luxo.
As relações de Carretero com a ditadura venezuelana continuaram nos anos seguintes, incluindo participação em importações públicas e fornecimento de produtos para programas sociais, como o Carnê da Pátria. Enquanto isso, López Tovar e sua esposa mantinham uma vida luxuosa no Panamá, com mais de 180 voos privados e gastos expressivos em compras de alto padrão, contrastando com a crise econômica e humanitária enfrentada pelos venezuelanos.
Fonte: Gazeta Brasil