BOMBA: CGU encontra 13 milhões em emendas irregulares a ONGs e aponta Randolfe

Jefferson Rudy/Agência Senado
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09/11/2024 11:45 | 3 min de leitura


A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou irregularidades em seis dos dez repasses de emendas Pix a ONGs analisados pelo órgão, em valores que somam cerca de R$ 13 milhões.

Relatório preliminar obtido pela Folha mostra que, dentre os citados, estão o senador Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo no Congresso.

As indicações, segundo a CGU, foram evidenciadas em ofícios expedidos pelos próprios parlamentares ou em despachos nos respectivos processos administrativos.

A análise da CGU focou apenas em 20 ONGs, sendo dez beneficiadas com emendas Pix.

De acordo com o relatório, emendas Pix com supostas irregularidades foram feitas pelo senador Randolfe Rodrigues, nos valores de R$ 550 mil e de R$ 300 mil.

Os recursos foram transferidos ao governo do Amapá e repassados à ONG Inorte (Instituto de Gestão em Desenvolvimento Social e Urbano) para financiar a celebração dos 79 anos de Oiapoque e a Festa de São Tiago 2024.

A Controladoria apontou que a emenda Pix foi usada em uma ação definida pelo parlamentar autor da emenda, sem realização de chamamento público. Também foram contratadas empresas ligadas a dirigentes da instituição, além de sobrepreço. Randolfe nega irregularidades.

Crise das emendas

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu em 14 de agosto todas as emendas impositivas – aquelas em que o governo federal é obrigado a pagar até o final do ano – apresentadas por deputados federais e senadores ao orçamento da União, até que o Congresso edite novos procedimentos para que a liberação dos recursos observe os requisitos de transparência, rastreabilidade e eficiência.

O Congresso recorreu ao presidente do STF para tentar sustar a determinação de Dino. Mas Barroso negou a concessão da liminar.

Antes disso, no começo de agosto, o ministro do STF determinou que seja garantida transparência e rastreabilidade nas emendas Pix. Esse mecanismo permite que deputados e senadores façam transferências diretas para estados e municípios sem definição específica do uso do dinheiro pelas prefeituras.Leia mais: Emendas Pix funcionam (para reeleger aliados)

Fonte: O Antagonista

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