BOMBA: TSE pode estar manobrando para barrar todas as candidaturas de 2026 de investigados nos inquéritos presididos por Alexandre de Moraes

Foto: Agência Brasil
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Atualizado há 1 mês | 4 min de leitura


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a presidência da ministra Cármen Lúcia, está considerando implementar medidas mais rigorosas para a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições gerais de 2026, voltadas especialmente para candidatos com suspeitas de envolvimento com o crime organizado. De acordo com informações recentes, o TSE pretende estabelecer um entendimento que poderia barrar a candidatura de indivíduos investigados por participação em milícias ou outras organizações criminosas, mesmo sem uma condenação definitiva.

- *Rigidez na Lei da Ficha Limpa:* Atualmente, a Lei da Ficha Limpa permite a inelegibilidade após uma sentença de segunda instância. No entanto, a nova interpretação do TSE poderia considerar indícios de envolvimento em atividades criminosas como critério suficiente para impedir candidaturas, o que vai além do texto atual da lei.

- *Foco nas Eleições de 2026:* Com a proximidade das eleições presidenciais e legislativas de 2026, o TSE busca garantir a integridade do processo eleitoral, evitando que pessoas ligadas ao crime organizado possam influenciar a política nacional.

- *Viés Político:* Alguns comentaristas, como Pedro Venceslau da CNN, sugerem que esta medida poderia ter um viés político, especialmente contra a direita. Isso porque os inquéritos das "Fake News", conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, têm como alvo principal militantes e políticos bolsonaristas.

- *Presunção de Inocência:* A proposta de barrar candidaturas com base apenas em investigações levanta preocupações sobre a violação do princípio da presunção de inocência, um pilar fundamental do direito democrático. Juristas alertam que essa abordagem poderia estabelecer um precedente perigoso, permitindo a exclusão de candidatos sem o devido processo legal.

- *Precedente Recente:* Em 2024, o TSE já havia adotado essa interpretação ao manter a decisão do TRE-RJ de indeferir a candidatura de um vereador de Belford Roxo, mostrando que a Corte está disposta a ampliar a interpretação da Lei da Ficha Limpa para além de condenações formais.

A intenção do TSE de reforçar a aplicação da Lei da Ficha Limpa para proteger a democracia contra a infiltração do crime organizado é clara, mas a abordagem proposta gera debate sobre equilíbrio entre a necessidade de integridade eleitoral e os direitos fundamentais dos indivíduos. A medida, se implementada, poderia alterar significativamente o cenário político brasileiro, especialmente considerando as implicações para candidatos de diferentes espectros políticos que estão sob investigação.

É crucial que qualquer mudança legal ou interpretativa seja debatida amplamente, garantindo que a democracia não seja comprometida por medidas que possam ser vistas como arbitrárias ou politicamente motivadas.

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