O Brasil enfrenta dificuldades crescentes no controle do nível de endividamento, com projeções que indicam um cenário preocupante para 2024 e 2025. De acordo com estimativas do BTG Pactual, baseadas em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central, o déficit nominal do país deve alcançar 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e subir para 8,6% do PIB em 2025. Esses números colocam o Brasil entre os países com piores resultados nesse indicador, muito acima da média de outras economias emergentes.
O déficit nominal reflete o saldo entre as receitas e despesas do governo, somado ao pagamento de juros da dívida pública. Esse índice é amplamente utilizado por economistas para avaliar a saúde fiscal e a qualidade da gestão das contas públicas. Em contraste com o Brasil, outros países da América Latina, como México, Chile, Colômbia e Peru, devem apresentar déficits nominais inferiores a 4% do PIB em 2025, destacando a discrepância nos níveis de endividamento.
Como o Déficit Nominal do Brasil é Tão Elevado?
O déficit nominal do Brasil é impulsionado por diversos fatores internos e externos. Primeiramente, o país enfrenta dificuldades para controlar suas despesas, em parte devido a obrigações fixas que não podem ser facilmente ajustadas. Adicionalmente, o pagamento de juros sobre a dívida existente consome uma parcela significativa das receitas do governo.