Caso assuma a presidência do Senado novamente, saiba quais serão os desafios de Alcolumbre

Marcos Oliveira/Agência Senado - 19.fev.2020
Marcos Oliveira/Agência Senado - 19.fev.2020
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26/01/2025 11:56 | 4 min de leitura


Caso converta seu favoritismo à presidência do Senado no próximo sábado (1º.fev.2025), o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) terá desafios diferentes no comando da Casa Alta do que há 6 anos, quando foi eleito para comandar o Congresso pela 1ª vez.

O amapaense de 47 anos já comandou o Senado e o Congresso uma vez, de 2019 a 2021, no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, se eleito, Alcolumbre assumirá o topo do Congresso Nacional na fase final do 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do Palácio do Planalto.

Tal como em 2019, a prioridade será com projetos da pauta econômica, com o governo ensaiando medidas de alívio aos cofres públicos. O teor, no entanto, será diferente.

Em 2019, a gestão Bolsonaro tinha como meta a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência. As mudanças foram aprovadas pelo Senado em outubro daquele ano, o que representou uma vitória para a equipe econômica chefiada por Paulo Guedes.

Meses depois, a pandemia estourou, e o governo Bolsonaro teve de ir no sentido inverso, com a ampliação de benefícios assistenciais, como o Auxílio Brasil.

Em 2025, numa 2ª gestão, Alcolumbre terá pela frente alguns projetos encabeçados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para enxugar a máquina estatal, como o que limita os supersalários de funcionários públicos e o que afeta os militares.

Há ainda temas que já foram superados ou arrefeceram. É o caso do projeto para permitir a prisão após a condenação em 2ª Instância.

MENOS PARTIDOS E ASCENSÃO DO PSD E PL

Alcolumbre encontrará um Senado com menos partidos em 2025. Atualmente, há 12 siglas representadas na Casa. Há 6 anos, eram 16. A diminuição se deve, em parte, à cláusula de desempenho, que resultou em alianças de algumas legendas.

O PSD, comandado por Gilberto Kassab, e o PL, de Valdemar Costa Neto, ganharam proeminência e hoje detém as maiores bancadas.

Já o PSDB sofreu uma derrocada e quase sumiu do Senado, com apenas 1 senador.

A quantidade menor de partidos tende a facilitar as negociações, uma vez que concentra as conversas.

Fonte: Poder360

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