O coronel da reserva Gerson Gomes, conhecido comentarista de geopolítica, recentemente abordou um tema que tem gerado grande controvérsia no cenário político brasileiro: o suposto envolvimento das forças especiais do Brasil em um plano golpista após as eleições de 2022. Em sua análise, Gomes questionou a plausibilidade de tal participação, destacando o rigoroso treinamento e a expertise das forças especiais.
Preparação das Forças Especiais:
Segundo Gomes, as forças especiais brasileiras são submetidas a um treinamento exaustivo que abrange tanto aspectos físicos quanto psicológicos de guerra real. Este treinamento inclui:
- Guerra Real: Operações de combate, sobrevivência em ambientes hostis, e táticas avançadas de infiltração e exfiltração.
- Guerra Psicológica: Técnicas de manipulação de informações, negociação, e resistência a interrogatórios, preparando os soldados para cenários complexos onde a manipulação mental pode ser tão crucial quanto a força física.
Gomes enfatizou que a noção de que essas unidades altamente treinadas poderiam ser tão negligentes a ponto de falhar em logísticas básicas como pegar um táxi para uma missão crítica, é simplesmente um delírio. Ele argumenta que, se as forças especiais estivessem envolvidas em um plano como o descrito nos relatórios da Polícia Federal, a execução teria sido muito mais sofisticada.
Análise do Relatório da PF:
O relatório da Polícia Federal menciona várias falhas no suposto plano, incluindo a incapacidade de conseguir um táxi para realizar uma operação, o que Gomes utiliza para argumentar que o envolvimento do Exército parece altamente improvável. Ele sugere que tais detalhes indicam uma operação mal planejada ou talvez não militar, reforçando a ideia de que as forças especiais não estariam ligadas a um plano tão "estabanado".
Campanha Eleitoral e o Papel do TSE:
Outro militar que pediu reserva, também comentou a possível ação de militares e tocou em um ponto sensível da campanha eleitoral de 2022, apontando que provavelmente o staff de Bolsonaro procurava provas que havia um conluio entre o Ministro Alexandre de Moraes e políticos adversários de Bolsonaro e por isso devem ter montado algum tipo de vigilância para conseguir tais provas, o que não aconteceu, “não necessariamente poderiam estar querendo fazer algum mal a qualquer pessoa, mas conseguir provas que anulassem o processo eleitoral que acreditavam estar eivado de nulidades”
- Proibições Eleitorais: A proibição de Michelle Bolsonaro participar de programas televisivos de campanha, o que foi visto como uma limitação injusta.
- Associações Políticas: Questionamentos sobre as ligações de Lula com ditadores, que posteriormente foram evidenciadas como verdadeiras, o que militares e apoiadores de Bolsonaro interpretam como uma tentativa de manipular a percepção pública durante a eleição.
Veja Vídeo:
A quem interessa desmobilizar um segmento militar de tamanha importância? Ouça. pic.twitter.com/RWcGIg2sNS — Freu Rodrigues (@freu_rodrigues) November 24, 2024