O Brasil está recebendo apoio de alguns países, após haver uma escalada de tensão diplomática neste sábado (7), quando o regime de Nicolás Maduro revogou a autorização do Brasil em representar os interesses argentinos em Caracas.
"Expressamos nosso firme apoio aos governos do Brasil e da Argentina diante das ameaças dos agentes de Maduro na Venezuela", escreveu o embaixador americano Brian A. Nichols no X (antigo Twitter). "O Maduro precisa parar com sua repressão e intimidação ao povo venezuelano."
O governo chileno disse estar preocupado com a decisão da Venezuela e chamou a atitude de "injustificável".
"[Isso] representa uma grave ignorância daquilo que está estipulado na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 e na Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963", diz o post do Ministério das Relações Exteriores do Chile, no X.
A Argentina também se manifestou através de seu Ministério das Relações Exteriores, no X: "Ações como essas reforçam a convicção de que os direitos humanos fundamentais não são respeitados na Venezuela de Maduro".
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse que "rejeita veementemente qualquer tentativa do regime venezuelano de violar a imunidade diplomática da sede argentina em Caracas sob a custódia do Brasil".
No X, o Ministério das Relações Exteriores da Costa Rica prestou "solidariedade às repúblicas irmãs da Argentina e do Brasil" e disse que a Venezuela deve relembrar "suas obrigações internacionais, incluindo a inviolabilidade das sedes diplomáticas".
"Esta audácia é um novo ato de perseguição política contra os nossos cidadãos venezuelanos legitimamente asilados na Embaixada da Argentina em Caracas", diz a nota da Costa Rica.
A escalada da tensão
Escalada de tensão entre Venezuela, Argentina e Brasil ganhou um novo episódio neste sábado (7), após o regime de Nicolás Maduro informar ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro (Itamaraty) que decidiu revogar a autorização para o país representar os interesses argentinos em Caracas.
O Itamaraty respondeu que não pretende "deixar um vácuo" e permanecerá à frente da embaixada até que seja definido um país substituto para representar os interesses argentinos em território venezuelano.
A notificação formaliza o cerco que o regime Maduro impõe, desde a noite desta sexta (6), ao prédio da missão diplomática argentina em Caracas, atualmente dirigido por diplomatas brasileiros. O edifício foi cercado por forças do governo e a energia no local foi cortada.
Fonte: G1