Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira, 4, revelou que 31% dos brasileiros atribuem ao governo Lula (PT) a responsabilidade pelo escândalo de fraudes no INSS. Apenas 8% responsabilizam o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, as opiniões se mostram divididas. Uma parte culpa tanto o atual governo quanto a gestão anterior. Já os eleitores de Bolsonaro responsabilizam majoritariamente o governo petista.
Os números gerais da pesquisa apontam o seguinte cenário:
O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos. A pesquisa ocorreu entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com entrevistas presenciais realizadas em todo o Brasil. Foram ouvidas 2 mil pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, e o nível de confiança alcança 95%.
Os dados também revelam a avaliação do governo Lula. A desaprovação subiu para 51%. Já a aprovação registra 40%.
Entre os eleitores de Lula, 13% consideram o governo petista o culpado pelas fraudes. Outros 15% culpam o governo Bolsonaro. Veja o recorte:
Entre os eleitores de Bolsonaro, a opinião é mais consolidada. Segundo o levantamento, 53% responsabilizam o governo Lula. Confira:
O recorte entre eleitores que votaram em branco, nulo ou que se abstiveram em 2022 também traz um destaque. Para 33%, o governo Lula é o responsável. Veja os dados:
Outra questão abordada pela pesquisa foi a devolução dos valores desviados. Para 52%, o governo deve priorizar a devolução apenas com recursos bloqueados das entidades investigadas. Outros 41% acreditam que os valores precisam ser devolvidos mesmo que se utilizem recursos públicos. Já 7% não souberam ou não responderam.
Metade dos entrevistados também apoia a abertura de uma CPI do INSS no Congresso Nacional. Por outro lado, 43% acreditam que uma investigação da Polícia Federal seria suficiente. Para este grupo, a oposição apenas busca desgastar o governo.
As fraudes no INSS foram descobertas em investigação da Polícia Federal, em abril. A apuração identificou um esquema em que associações de aposentados registravam beneficiários sem consentimento e com assinaturas falsificadas. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões, somando o período entre 2019 e 2024.
Fonte: Revista Oeste