Edmundo González, opositor venezuelano, é concedido asilo político na Espanha

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09/09/2024 20:55 | 4 min de leitura


Rival de Nicolás Maduro nas questionadas eleições de 28 de julho, disse que seguirá lutando pela “liberdade” da Venezuela no exílio.

Após MP da Venezuela pedir prisão de Edmundo González, Espanha concede asilo político ao opositor e rival de Nicolás Maduro nas questionadas eleições de 28 de julho. González, ao chegar neste domingo (8) ao país, disse que seguirá lutando pela “liberdade” da Venezuela.

“Confio que em breve continuaremos a luta para alcançar a liberdade e a recuperação da democracia na Venezuela”, afirmou o diplomata de 75 anos, que reivindica sua vitória nas eleições, em um áudio de 41 segundos divulgado por sua equipe de imprensa.

O avião da Força Aérea Espanhola que transportava González e sua esposa, pousou na base Torrejón de Ardoz, perto de Madri, pouco depois das 16h00 locais (11h00 de Brasília), informou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

“A partir de agora, começarão os trâmites para o pedido de asilo, cuja resolução será favorável com base no compromisso da Espanha com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos e venezuelanas, especialmente dos líderes políticos”, acrescenta a nota.

A líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que a saída da Venezuela do candidato, que assim como ela estava na clandestinidade há quase um mês, foi necessária para “preservar sua liberdade e sua vida”, em meio a uma “brutal onda de repressão”.

O chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares, disse que o procedimento de asilo responde à solicitação pessoal de González e que “não houve nenhum tipo de negociação política entre o governo da Espanha e o governo da Venezuela”.

“A Espanha nunca dará as costas, nem abandonará, Edmundo González ou qualquer venezuelano”, acrescentou em uma declaração à televisão pública na China, onde inicia uma visita oficial com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

 

Sánchez já havia se pronunciado em termos similares no sábado, quando chamou González Urrutia de “herói” durante uma reunião do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em Madri, algumas horas antes do anúncio do exílio do opositor venezuelano.

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