Governador de Santa Catarina é intimado após declarar que Bolsonaro se encontrou com Valdemar

Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e Jair Bolsonaro Foto: PL via Flickr
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e Jair Bolsonaro Foto: PL via Flickr
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17/01/2025 16:48 | 3 min de leitura


O ministro do STF Alexandre de Moraes intimou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, a dar explicações para a Polícia Federal (PF) após ele ter falado em uma entrevista à Jovem Pan que o ex-presidente Jair Bolsonaro mantinha contato com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Os dois são proibidos de manter qualquer tipo de contato por determinação do próprio Moraes desde fevereiro do ano passado. A imposição faz parte das cautelares determinadas pelo integrante do STF no âmbito das investigações sobre o possível plano para se dar um golpe de Estado no país.

“Nosso presidente [do PL] conversa muito com o Bolsonaro, que é nosso presidente de honra. Espero que daqui a pouco eles possam conversar na mesma sala para se ajudarem ainda mais”, disse o governador na segunda-feira última.

Em despacho publicado nesta sexta-feira, Moraes determinou que o governador preste esclarecimentos dentro de 15 dias.

“Dessa maneira, para que os fatos sejam apurados, determino que a Polícia Federal proceda a oitiva do Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, no prazo de 15 [quinze] dias, para esclarecimentos sobre as suas declarações na entrevista que concedeu ao programa televisivo”, afirmou o magistrado em decisão judicial.

O indiciamento de Bolsonaro
Bolsonaro e mais 39 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal (PF) em inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado no país.

Ao longo das 884 páginas, o órgão sugere que o ex-presidente “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”.

O ex-presidente da República foi indiciado pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Além dele, também foram indiciados ex-integrantes do Poder Executivo, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Alexandre Ramagem, e Valdemar da Costa Neto.

Fonte: O Antagonista

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