Governo Trump promete apoio econômico à Argentina

Foto: Reprodução/Twitter/X
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23/09/2025 07:22 | 4 min de leitura


Em meio à escalada do dólar e à pressão sobre o mercado da Argentina, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta segunda-feira, 22, que “todas as opções de estabilização estão sobre a mesa”. Entre elas estão linhas de swap, compras diretas de moeda estrangeira e de dívida pública.

Além disso, Bessent reforçou a relevância da parceria entre os dois países. “A Argentina é um aliado sistemicamente importante dos Estados Unidos na América Latina, e o Tesouro dos EUA está disposto a fazer o que for necessário dentro de seu mandato para apoiar a Argentina”, afirmou em publicação no X.

O objetivo das medidas seria dar fôlego às reservas da Argentina e garantir o pagamento da dívida externa. Segundo o presidente da Argentina, Javier Milei, o país tem compromissos de US$ 4 bilhões em janeiro de 2026 e de US$ 4,5 bilhões em julho do mesmo ano.

Na última semana, o mercado argentino enfrentou forte turbulência. O dólar oficial ultrapassou o teto das bandas de flutuação pela primeira vez desde abril. Isso obrigou o Banco Central a intervir com a venda de US$ 1,1 bilhão em três dias.

Governo da Argentina busca ajuda dos EUA

Milei viaja aos Estados Unidos para participar da Assembleia da Organização das Nações Unidas e se encontrar com o presidente do país, Donald Trump. Na semana passada, disse que os dois governos estavam negociando um acordo, sem revelar detalhes.

 

O presidente argentino anunciou que vai zerar até 31 de outubro os impostos sobre exportações de grãos, as chamadas “retenciones”. De acordo com o porta-voz do governo, Manuel Adorni, a medida busca aumentar a oferta de dólares e reduzir a volatilidade cambial.

Milei tenta manter a estabilidade cambial até as eleições legislativas. A estratégia depende da entrada de dólares, mas produtores agrícolas, principal fonte da moeda, têm adiado exportações à espera de preços melhores. A Bolsa de Rosário estima exportações de US$ 9,9 bilhões entre setembro e dezembro, abaixo dos US$ 10,3 bilhões do mesmo período de 2024.

O novo decreto determina que quem exportar grãos ou carne deve liquidar 90% da moeda estrangeira em até três dias úteis depois da declaração de exportação. Se não cumprir, porém, o exportador terá de pagar a alíquota original e perderá o benefício até regularizar a situação.

Fonte: Gazeta Brasil

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