Grupo terrorista Hamas declara que palestinos não aceitarão proposta de Trump para deixarem Gaza

 EFE/EPA/MAHMOUD ZAKI
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26/01/2025 12:56 | 4 min de leitura


Neste domingo (26), Basem Naim, membro do escritório político do grupo islâmico Hamas, disse à Agência EFE que os palestinos “não aceitarão nenhuma proposta ou solução sob o pretexto de reconstrução, como proposto pelo presidente dos Estados Unidos (Donald) Trump”.

– Nosso povo frustrou todos os planos de deslocamento e terras alternativas por décadas e também rejeitará tais projetos – disse Naim.

Naim deu as declarações após a repercussão de uma fala do presidente americano na qual se mostrou a favor do deslocamento dos habitantes de Gaza para países árabes vizinhos.

– É literalmente um local de demolição, quase tudo foi demolido e as pessoas estão morrendo lá. Então, eu preferiria me envolver com algumas das nações árabes e construir moradia em outro local onde elas possam talvez viver em paz, pelo menos por um tempo – disse Trump.

O presidente americano afirmou a jornalistas no sábado que havia conversado com o rei Abdullah II da Jordânia sobre a ideia de construir moradias e realocar cerca de 1 milhão de habitantes de Gaza para países como a própria Jordânia e o Egito.

Ele também disse que planeja conversar com o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi sobre a questão.

– Algo tem que acontecer, [Gaza] está literalmente demolida. Quase tudo está destruído, e as pessoas estão morrendo. Então eu preferiria me aliar a algumas das nações árabes e construir moradias em um lugar diferente, onde eu acho que eles poderiam finalmente viver em paz – disse Trump, segundo a rede de televisão CNN.

Mais de 15 meses de ofensiva de Israel em Gaza após os ataques do Hamas ao país em outubro de 2023 deixaram a maior parte do enclave palestino completamente devastada, e estima-se que milhares de corpos de desaparecidos ainda estejam sob escombros.

Além disso, 90% da população (cerca de 2,1 milhões de pessoas) teve que deixar suas casas devido aos bombardeios israelenses, e centenas de milhares de pessoas agora esperam retornar, mesmo que as residências não estejam mais de pé.

Desde o início da ofensiva, associações de colonos israelenses e vários ministros da coalizão liderada pelo premiê Benjamin Netanyahu pediram ao governo que permita o estabelecimento de assentamentos na Faixa de Gaza após a guerra e propuseram planos de desenvolvimento para diferentes áreas do território.

Fonte: Pleno.News

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