Israel solicita apoio de Eduardo Bolsonaro em caso de militar acusado de crimes de guerra

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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06/01/2025 12:49 | 4 min de leitura


O ministro de Assuntos da Diáspora de Israel, Amichai Chikli, enviou uma carta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) solicitando apoio em relação à investigação da Polícia Federal contra o militar Yuval Vagdani. O israelense foi denunciado pela organização pró-Palestina Fundação Hind Rajab por supostos “crimes de guerra”.

Amichai Chikli criticou duramente a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, descrevendo a situação como uma “desgraça”.

“O fato de que o Judiciário brasileiro, sob o apoio do presidente Lula, acolha indivíduos com visões tão extremas — especialmente enquanto nos aproximamos do 80º aniversário da libertação de Auschwitz — é uma desgraça para o governo brasileiro”.

De acordo com o ministro, a HRF não é uma organização de direitos humanos, mas sim uma apoiadora do terrorismo e que busca deslegitimar Israel ao explorar sistemas legais.

A investigação contra Vagdani começou depois de a Justiça brasileira atender à petição da fundação, que acusa o militar de envolvimento em operações na Faixa de Gaza e de publicar imagens nas redes sociais com legendas que “incitam destruição”.

Repercussão política da investigação do militar de Israel no Brasil
Em resposta, Eduardo Bolsonaro criticou o governo petista. Ele afirmou que “Lula nem mesmo faz aparições públicas espontâneas, porque sabe que será vaiado”. O parlamentar apelou à comunidade internacional para não confundir as ações do governo com a posição dos cidadãos brasileiros.

A embaixada de Israel no Brasil também se pronunciou, afirmando que as alegações contra Vagdani são infundadas. Além disso, o órgão acusou a Hind Rajab de manipular sistemas legais para promover uma narrativa anti-Israel.

Segundo a embaixada, “os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos”.

Apoio israelense e a posição de Chikli
Ainda na carta, Chikli pediu a Bolsonaro que se manifestasse contra o que ele considera uma injustiça.

“Estar ao lado daqueles que protegem os inocentes e combatem o terror é um imperativo moral que transcende a política”, declarou o ministro. Ele expressou a confiança de que a maioria dos brasileiros rejeita a posição do governo.

O caso ganhou repercussão depois de Vagdani publicar nas redes sociais que estava de férias em Morro de São Paulo, na Bahia.

Fonte: Revista Oeste

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