Janones, que admitiu fake news, fala em outra CPI das Fake News

 Foto: | Foto: Reprodução/@andrejanones
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17/01/2025 15:49 | 5 min de leitura


O deputado federal André Janones (Avante-MG), que já admitiu ser autor de diversas fake news que favoreceram a campanha eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, agora quer instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Nas redes sociais, Janones acusa o também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de disseminar supostas fake news sobre o monitoramento do Pix pelo governo Lula. Um vídeo publicado pelo parlamentar da oposição bateu mais de 200 milhões de visualizações, causando uma comoção popular e a revogação da norma.

“Acabei de protocolar a BOMBA: CPI para investigar o senhor Nikolas Ferreira e demais integrantes da quadrilha que atentou contra a economia popular ao disseminarem mentiras sobre o Pix”, escreveu.

Para instalar uma CPI, é preciso que 171 deputados assinem o protocolo de requerimento. “Se conseguirmos eu prometo fazer o chupeta chorar novamente, só que agora na cadeia”, acrescentou Janones.

Atualmente, o Legislativo está de recesso. As eleições para as presidências das Casas ocorrem no próximo dia 1° de fevereiro, mas as atividades só devem retornar depois do Carnaval, em março.

Briga com Nikolas Ferreira
Esta não é a primeira vez que André Janones tenta caçar briga com Nikolas Ferreira. Em junho de 2024, o parlamentar do Avante partiu para cima do opositor depois de ter tido o mandato salvo pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Na ocasião, Janones era acusado pela suposta prática do crime de “rachadinha” — manter esquema para desviar parte dos salários de assessores de gabinete. O relator do caso foi o psolista Guilherme Boulos (SP), cujo parecer se deu pelo arquivamento do processo de cassação do mandato.

Vídeos mostram momentos depois do encerramento da comissão. Janones aparece sendo segurado e puxado pelo deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) ao partir para cima de Nikolas Ferreira — que é amparado pelo parlamentar Delegado Caveira (PL-PA).

“Vamos lá fora, vamos nós dois”, disparou Janones a Nikolas durante a discussão. O então presidente da Comissão de Educação também chama o acusado de “rachadinha”: “Vem, vamos lá fora”. Ele é apoiado pelo colega Zé Trovão (PL-SC).

Janones já admitiu fake news
No ano passado, Janones lançou um polêmico livro intitulado “Janonismo Cultural: o Uso das Redes Sociais e a Batalha pela Democracia no Brasil”. Na obra, o parlamentar relata, sem rodeios, suas estratégias para influenciar o cenário eleitoral de 2022.

Segundo ele, a propagação de fake news contra Jair Bolsonaro (PL) foi uma iniciativa pessoal e deliberada, da qual ele não demonstra arrependimento. “Foi uma batalha nas redes sociais”, afirma o parlamentar.

Entre os episódios narrados, destaca-se a polêmica que envolveu Gustavo Bebianno, o primeiro ministro exonerado por Bolsonaro em 2019. Na época, rumores circulavam sobre um suposto celular desaparecido de Bebianno, que conteria mensagens comprometedoras trocadas com o ex-presidente. Janones admite que jamais teve acesso ao aparelho, mas utilizou as redes sociais para insinuar o contrário.

Fonte: Revista Oeste

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