Juíza da ONU é considerada culpada e condenada por escravizar e explorar mulher no Reino Unido

Reprodução/Internet
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15/03/2025 08:28 | 3 min de leitura


A Justiça do Reino Unido condenou nesta quinta-feira (13) a juíza do Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Criminais das Nações Unidas Lydia Mugambe por explorar e forçar uma jovem de Uganda, seu país natal, a trabalhar em sua residência em Londres como empregada doméstica e babá.

Um tribunal de Oxford considerou Mugambe culpada de múltiplos crimes, incluindo facilitação de entrada ilegal no país, exploração trabalhista e conspiração para intimidação de testemunha. Mugambe estava no Reino Unido concluindo um doutorado na Universidade de Oxford.

De acordo com a acusação, a magistrada de 49 anos, que também ocupa o cargo de juíza no Tribunal Superior de Uganda, abusou de sua posição para manipular e controlar a vítima, impedindo-a de buscar emprego formal e mantendo-a sob condições análogas à escravidão.

“Lydia Mugambe explorou e abusou [da vítima], aproveitando-se da falta de entendimento dela sobre seus direitos trabalhistas e enganando-a quanto ao verdadeiro motivo de sua vinda ao Reino Unido”, afirmou a promotora Caroline Haughey KC durante o julgamento.

A investigação que culminou na prisão e julgamento de Lydia Mugambe foi feita no ano passado e revelou que a juíza organizou a entrada da jovem ugandense no Reino Unido com a colaboração de John Leonard Mugerwa, então vice-alto comissário de Uganda em Londres – um cargo equivalente ao de um representante diplomático. Segundo os promotores, a vítima, cujo nome não foi divulgado, obteve autorização para entrar no país por meio de um patrocínio fraudulento emitido pela Alta Comissão de Uganda, a embaixada do país africano na capital britânica.

Fonte: Gazeta do Povo

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