Com 5 milhões de litros de água doce, o Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), consolidou-se como o maior aquário de água doce do mundo, reunindo arquitetura de vanguarda, pesquisa científica e acesso gratuito.
O complexo abriga 239 tanques, sendo 31 dedicados à exposição pública, 168 voltados à pesquisa, 38 de quarentena, 1 de abastecimento e 1 de reúso de água, formando um sistema integrado que representa a biodiversidade dos rios brasileiros e de outros continentes.
Localizado ao lado do Parque das Nações Indígenas, um dos principais cartões-postais de Campo Grande, o espaço transformou a capital sul-mato-grossense em referência internacional em conservação, turismo científico e sustentabilidade.
Assinado pelo arquiteto Ruy Ohtake, o edifício tem linhas curvas que remetem ao movimento das águas pantaneiras.
A estrutura, reconhecida por publicações especializadas de arquitetura, combina estética e funcionalidade, com tanques de grande porte sustentados por sistemas técnicos de alta precisão.
A diretora do complexo, Maria Fernanda Balestieri, descreve o projeto como uma fusão entre arte e ciência. “Estamos falando de uma obra que combina arquitetura, tecnologia e conhecimento a serviço da biodiversidade”, afirmou em entrevista institucional.
O projeto utiliza materiais e engenharia de última geração, capazes de manter o equilíbrio dos ambientes aquáticos e a segurança do público.
O sistema automatizado de suporte à vida monitora em tempo real a temperatura, oxigenação e qualidade da água, permitindo ajustes contínuos conforme a necessidade de cada espécie.
No coração do Bioparque está o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN), responsável por pesquisas genéticas, reabilitação e reprodução de espécies ameaçadas.
Até 2025, o centro já havia contabilizado 330 reproduções, sendo 89 realizadas dentro do CCPN, com 27 inéditas para a ciência mundial e 15 inéditas no Brasil.
O programa de reprodução em cativeiro é considerado um dos mais avançados da América do Sul e serve de base para parcerias com universidades e órgãos ambientais.
Os dados gerados alimentam bancos de informações genéticas e auxiliam políticas públicas voltadas à preservação dos ecossistemas de água doce.
A equipe de biólogos e técnicos também realiza a identificação de espécies raras, coleta de material biológico e análise de comportamento.
A visita ao Bioparque é uma imersão na diversidade dos ecossistemas aquáticos.
Os tanques temáticos reproduzem com realismo os ambientes de rios, lagos e nascentes do Pantanal, da Amazônia e de outros biomas brasileiros.
O percurso inclui também representações dos cinco continentes, ampliando a compreensão sobre os diferentes tipos de fauna e flora de água doce ao redor do planeta.
O trajeto é acompanhado por condutores e educadores ambientais, que explicam a importância de cada ambiente e destacam os desafios da conservação.
A proposta é unir conhecimento científico e experiência sensorial, aproximando o visitante da realidade dos ecossistemas aquáticos.
A visitação ao Bioparque é gratuita, mediante agendamento on-line.
Fonte: @webmotors