O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (Força Popular, direita) morreu nesta 4ª feira (11.set.2024), aos 86 anos. Ele estava com câncer na língua e tratava a doença desde maio. Além disso, o ex-líder de direita quebrou a bacia em junho e estava com a saúde debilitada.
A morte foi confirmada por sua filha, Keiko Fujimori, em publicação no X (ex-Twitter). “Após uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos àqueles que o estimaram que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma. Obrigado por tudo, papai”, escreveu.
Moraes determinou a suspensão do X no Brasil. No entanto, brasileiros que estão no exterior seguem com acesso normal à plataforma. Foi desta maneira que este jornal digital leu as mensagens postadas pelo empresário e replica neste texto, por ser de interesse público e ter relevância jornalística.
Fujimori governou o Peru de 1990 a 2000. Foi eleito como um outsider ao desbancar no pleito o escritor Mario Vargas Llosa, que receberia posteriormente o Prêmio Nobel de Literatura. No início de seu mandato, fez uma gestão considerada positiva, com o controle da hiperinflação e redução dos índices de criminalidade.
Porém, em abril de 1992, Fujimori ordenou a dissolução do Congresso e passou a intervir no Judiciário, aumentando seus poderes. Com isso, passou a liderar um regime de exceção com amplo apoio popular e das Forças Armadas peruanas.
Com acusações de ter ordenado massacres como forma de combate ao crime organizado, ele renunciou no ano 2000 por meio de um fax.
Em 2009, ele foi condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e corrupção envolvendo os massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), que miravam a organização extremista Sendero Luminoso e vitimaram 25 pessoas. Passou 16 anos preso em Lima, capital do Peru.
Fujimori foi solto em dezembro de 2023 depois de o Tribunal Constitucional do Peru ordenar sua liberação imediata e restituir um indulto humanitário concedido a ele em 2017 pelo então presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski. A decisão livrou Fujimori das condenações pelos crimes contra a humanidade.
Fonte: Poder360