O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), ordenou a retirada de panfletos direcionados ao público evangélico, que começaram a circular esta semana. O material, com uma tiragem de 200 mil exemplares, apresenta uma “carta compromisso” de Paes com os fiéis, e já estava sendo distribuído nas proximidades das igrejas nesta reta final de campanha. Um dos nomes mencionados no panfleto é o do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Malafaia, que se manteve neutro no primeiro turno, manifestou descontentamento com a utilização de sua imagem e nome sem autorização.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), ordenou a retirada de panfletos direcionados ao público evangélico, que começaram a circular esta semana. O material, com uma tiragem de 200 mil exemplares, apresenta uma “carta compromisso” de Paes com os fiéis, e já estava sendo distribuído nas proximidades das igrejas nesta reta final de campanha. Um dos nomes mencionados no panfleto é o do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Malafaia, que se manteve neutro no primeiro turno, manifestou descontentamento com a utilização de sua imagem e nome sem autorização.
“Não autorizei ninguém a usar minha foto. Está errado. Não se usa a imagem de uma pessoa sem autorização na propaganda política, ainda mais quando estou em destaque, para enganar o povo. Ele não tem meu apoio — disse Malafaia, que já declarou apoio a Ramagem caso ele vá ao 2º turno”, disse Malafaia ao jornal O Globo.
‘Malafaia me adora’
“Já falei com ele. O pastor Silas Malafaia é um grande amigo. Ele não está apoiando ninguém e mandei tirar isso que tem a foto dele. Ele não me apoia, mas me adora, é meu amigo”, afirmou o atual prefeito.
Internamente apelidado de “carta compromisso com o povo de Deus”, o material sublinha a postura do prefeito em temas relacionados a valores conservadores: contra o aborto, a legalização das drogas e a inclusão da ideologia de gênero nas escolas. O deputado federal Otoni de Paula (MDB), que atua como ponte entre o prefeito e o segmento evangélico, afirmou que o panfleto reafirma antigas convicções de Paes.
Há quatro anos, também no final da campanha, o prefeito foi alvo de uma onda de ataques que foram distribuídos em panfletos nas portas de igrejas. A “carta de compromisso” vetada por Malafaia orientava os fiéis a desconsiderarem boatos e notícias falsas, citando uma passagem bíblica de Efésios que trata sobre mentiras. O material ressalta ações de Paes voltadas ao público evangélico, como o patrocínio da prefeitura de R$ 40 milhões a eventos cristãos e o aporte de R$ 3,3 milhões para a celebração do aniversário da Assembleia de Deus.
Segundo turno
O Instituto AtlasIntel divulgou uma nova pesquisa sobre as intenções de voto para as eleições no Rio de Janeiro. O cenário é estável. O prefeito em exercício e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), aparece à frente na corrida eleitoral. Paes conta com 49% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) registra 32,1%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. Na pesquisa anterior, em 23 de setembro, Eduardo Paes liderava com 48,6%, enquanto Alexandre Ramagem tinha 32%.
Segundo o cálculo de votos válidos, Paes chega a 50,5% e venceria no primeiro turno, contra 33,1% de Ramagem e 8,3% de Tarcísio Motta. A pesquisa mostrou que o atual prefeito também venceria o deputado bolsonarista em um eventual segundo turno, por 57% a 36%, uma vantagem de 21 pontos percentuais (na rodada anterior a diferença era de 22 pontos).
A distribuição do percentual de votos entre os demais candidatos ficou assim: o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), tem 8,1% (eram 8,9%), na sequência Carol Sponza (Novo), com 3% (eram 3,4%). Cyro Garcia (PSTU) aparece com 1,4% (eram 0,1%), Marcelo Queiroz (PP), com 1,3% (0,9%), Rodrigo Amorim (União), com 1,3% (0,6%), e Juliete Pantoja (UP), com 0,8% (0,5%). Brancos e nulos são 1,1% (antes eram 2,5%) e há 2% de indecisos (eram 2,7%).
Em um eventual confronto com Tarcísio Motta no segundo turno, Paes venceria com 52% dos votos, contra 22% de Motta. O instituto consultou 1.633 eleitores do Rio, entre os dias 24 e 29 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo RJ-00739/2024.
O Antagonista