Milhares de colombianos saíram às ruas no domingo 21 para, mais uma vez, protestar contra a agenda de reformas do presidente esquerdista Gustavo Petro. As manifestações ocorreram em diversas cidades, inclusive na capital. Os manifestantes encheram a Praça Bolívar, em frente ao palácio presidencial em Bogotá.
O jornal colombiano El Espectador informou que cerca de 250 mil saíram às ruas no domingo para protestar contra as medidas de Petro. Outros veículos de comunicação falaram em até 500 mil pessoas.
Embora os protestos sejam uma constante desde que o ex-guerrilheiro de esquerda assumiu o cargo, em 2022, eles ganharam força recentemente. Petro sugeriu a possibilidade de mudar a Constituição para estimular reformas sociais que não têm avançado diante da oposição de um Congresso hostil e de grupos empresariais conservadores.
Esto se prendióoooooo #FueraPetro pic.twitter.com/e3mhBfxFae — Nani (@Nani_BerV) April 21, 2024
Petro sofreu recentemente uma derrota importante quando o Congresso se recusou a aprovar legislação para aumentar o controle estatal sobre sistema de saúde do país, com vistas a melhorar o atendimento e reduzir custos.
Gigantescas, masivas, multitudinarias las marchas hoy en toda Colombia en contra del Gobierno Petro. Sus asesores andan diciendo que “dieron las garantías” como si fuera un regalo. Pues obvio! No es la marcha de los vándalos. Es la de la gente pacífica que se cuenta por millones. pic.twitter.com/jv9CS3gX75 — Claudia Gurisatti (@CGurisattiNTN24) April 21, 2024
Em resposta, Petro determinou por decreto a aquisição de duas das principais seguradoras de saúde do país, das quais dependem milhões de colombianos.
A esta hora cientos de bumangueses se aglomeran en el parque Santander, en el centro de la ciudad. Gritan, 'fuera Petro' ➡️https://t.co/7yQD13Nfcx pic.twitter.com/9aiNmnJP6l — EL TIEMPO (@ELTIEMPO) April 21, 2024
Segundo a AFP, a chuva não deteve os manifestantes, e dezenas de milhares avançaram em direção à Plaza de Bolivar, vizinha à sede presidencial.
Além de protestarem contra a violência, que continua apesar das negociações de paz com grupos armados, parte do plano “Paz Total”, os manifestantes criticam os planos de Petro para nacionalizar o serviço de saúde e outras iniciativas de reforma.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado