Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 chegaram ao fim, e um extenso balanço dos detalhes deixados pelo evento esportivo mais importante do mundo começou a ser feito. O legado dos atletas que se destacaram na competição será recompensado por muitos dos países participantes, como é o caso da França, anfitriã dos jogos, que distribuirá mais de 7 milhões de euros pelas 64 medalhas conquistadas por sua delegação.
Os atletas que representaram o país anfitrião conquistaram 16 medalhas de ouro, 26 de prata e 22 de bronze, colocando a França em quinto lugar no quadro geral de medalhas, atrás dos Estados Unidos (40 de ouro, 126 no total), China (40 de ouro, 91 no total), Japão (20 de ouro, 45 no total) e Austrália (18 de ouro, 53 no total). Embora a França tenha obtido mais medalhas do que Japão e Austrália, a classificação final é baseada no número total de primeiros lugares.
Segundo o jornal local Ouest-France, após o recorde de pódios na história olímpica do país, será concedida uma bonificação de 80 mil euros para os medalhistas de ouro, 40 mil para os de prata e 20 mil para os que ganharam o bronze. O valor total dessas bonificações soma 7 milhões e 720 mil euros, uma quantia significativamente alta devido aos resultados sem precedentes e à possibilidade de que os multimedalhistas acumulem várias bonificações, como é o caso de Léon Marchand, que deve receber cerca de 340 mil euros por seus quatro títulos e uma medalha de bronze.
Os sucessos não se limitaram às competições individuais; as premiações também se aplicaram aos eventos em equipe. Equipes como a de vôlei masculino, que ganhou o ouro, e a de handebol feminino, que conquistou a prata, estão entre as beneficiadas. Isso inclui também as equipes de basquete e futebol, que também conquistaram medalhas de prata.
No total, estima-se que 187 atletas franceses serão beneficiados por essas bonificações, sem esquecer os treinadores e a equipe de apoio, que também receberão uma compensação. Inicialmente, o Ministério dos Esportes havia projetado um fundo de 18,64 milhões de euros para recompensar tanto os medalhistas olímpicos quanto os paralímpicos.
A questão da tributação dessas bonificações também tem sido relevante. Desde 2011, as bonificações estão sujeitas a impostos, mas isso pode mudar em breve. Bruno Le Maire, ministro da Economia, manifestou-se favorável à isenção fiscal para as bonificações dos medalhistas franceses e anunciou sua intenção de propor essa isenção no orçamento de 2025.
O anúncio surgiu após David Douillet, bicampeão olímpico de judô, criticar a tributação das bonificações em um programa de rádio. Le Maire enfatizou que a decisão não cabe a ele, mas expressou sua intenção de preparar os mecanismos necessários para que essas bonificações sejam isentas de impostos.
Recentemente, no Brasil, foi noticiado que a renomada ginasta Rebeca Andrade receberá cerca de 826 mil reais (valor ligeiramente superior a 146 mil dólares) pelas quatro medalhas que conquistou, segundo detalhou o jornal Lance. Esse valor é composto pelos 56 mil reais (pouco mais de 9.903 dólares) que cada uma das seis atletas da equipe que ganhou o bronze receberá. Além disso, pelas duas medalhas de prata (all-around individual e salto), Rebeca receberá um total de 420 mil reais (74.200 dólares) e, pela medalha de ouro diante de Simone Biles, mais 350 mil reais (61.800 dólares).
O jornal O’Globo destacou o contraste entre o reconhecimento econômico do Comitê Olímpico Brasileiro a Rebeca e o que Simone Biles receberá nos Estados Unidos por sua medalha de ouro: cerca de 37.500 dólares, segundo a revista Forbes. Portanto, pelos três ouros e o bronze conquistados por Simone, ela receberá um total de cerca de 135 mil dólares em premiação no seu país.
Gazeta Brasil