A sucessão municipal no Rio Grande do Norte está fervendo com episódios de ataques internos entre grupos de direita, colocando em evidência as dificuldades de união na oposição ao governo de esquerda da governadora Fátima Bezerra. Um vídeo recentemente postado nas redes sociais ilustra bem essa auto-sabotagem: um monarquista que se intitula liderança da direita ataca o presidente estadual do PL no RN e secretário nacional da sigla, senador Rogério Marinho. Essas críticas, vindas de um assessor parlamentar filiado ao próprio PL, insatisfeito com a falta de um candidato “do seu agrado” em Natal, mostra o trabalho de conscientização que precisa ser feito no estado.
Este cenário caótico evidencia um dos maiores desafios enfrentados pela direita no estado: a incapacidade de unir forças em prol de um objetivo comum. A máxima “quem não ajunta, espalha” aplica-se perfeitamente aqui. No jogo político, a aversão pessoal não pode se sobrepor ao objetivo maior de estruturar uma oposição sólida e eficiente.
Atualmente, o nome que desponta como potencial unificador do projeto direitista em Natal é o do deputado federal Paulinho Freire. Ainda que alguns possam questionar se ele é o candidato ideal, é inegável que ele possui a capacidade de abrir caminhos para a direita na capital e na região. O conservadorismo precisa aprender com os erros do passado para evitar novas derrotas.
É essencial reconhecer a importância de lideranças como Rogério Marinho, uma figura de confiança do presidente Bolsonaro e do PL. A união em torno desses nomes não apenas fortalece o projeto local, mas também alinha-o ao panorama nacional. Para que a direita suscite uma oposição eficaz, é imperativo que supere divisões internas e foque no que realmente importa: o fortalecimento do conservadorismo e a consolidação de um projeto político coeso e eficiente.
Portanto, a sucessão municipal no RN não precisa ser uma batalha fratricida. Com equilíbrio e pragmatismo, há espaço para construir uma frente unificada capaz de enfrentar o desafio imposto pela esquerda e se posicionar como uma alternativa viável para a população. Para que isso aconteça, cada figura política precisa entender seu papel na engrenagem maior e trabalhar em prol do objetivo coletivo.
A direita no Rio Grande do Norte ainda tem tempo para corrigir sua rota. Resta saber se terá a sabedoria para fazê-lo.
Por Júnior Melo