O comércio brasileiro registra uma queda de 0,3% em agosto.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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10/10/2024 16:37 | 4 min de leitura


Em agosto de 2024, as vendas do comércio varejista no Brasil apresentaram uma queda de 0,3% em relação a julho, conforme dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10).

Em contrapartida, houve um crescimento de 5,1% em comparação com agosto do ano anterior, além de uma alta acumulada de 5,1% nos primeiros oito meses de 2024. No período de 12 meses, o crescimento acumulado foi de 4,0%.

Cristiano Santos, gerente da PMC, comentou que a variação negativa observada em agosto reflete a estabilidade do setor após o crescimento registrado em julho. Ele destacou que, em 2024, o comportamento do comércio ainda é positivo, embora junho tenha apresentado um resultado negativo de 0,9%. Santos também ressaltou que a queda em agosto é preocupante, já que quatro das oito atividades analisadas mostraram quedas significativas, três permaneceram estáveis e apenas uma apresentou crescimento.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 0,8% de julho para agosto. Em comparação ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 3,1%.

Dentre as atividades avaliadas, sete das oito registraram redução nas vendas. As maiores quedas foram observadas nos setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%), livros, revistas e papelaria (2,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%). Também houve quedas em tecidos, vestuários e calçados (0,4%), combustíveis e lubrificantes (0,2%) e em hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). O único setor que apresentou crescimento entre julho e agosto de 2024 foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com um aumento de 1,3%.

Santos analisou que as lojas de departamento, que dominam o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, enfrentaram um ano tumultuado em 2023, com problemas contábeis que afetaram grandes empresas do mercado e levaram à revisão de balanços patrimoniais. Essa situação provocou ajustes na cadeia produtiva, resultando na redução do número de lojas físicas. O aumento da concorrência em outros nichos e a sazonalidade de promoções também contribuíram para a queda no volume de vendas em agosto.

No que diz respeito ao desempenho por unidades federativas, 17 dos 26 estados registraram queda no volume de vendas entre julho e agosto de 2024. Minas Gerais apresentou a maior redução, com 2,4%, seguido por Tocantins com 2,0% e Rondônia com 1,8%. Por outro lado, Roraima (2,2%), Ceará (2,1%) e Bahia (1,3%) se destacaram com resultados positivos.

No comércio varejista ampliado, o cenário foi semelhante, com 16 estados apresentando menor volume de vendas. Mato Grosso do Sul teve a maior redução, com 4,5%, seguido por Minas Gerais, com 2,9%, e Acre, com 2,5%. Em contrapartida, Rio Grande do Sul (1,9%), Rio Grande do Norte (1,3%) e Roraima (1,3%) terminaram agosto com resultados positivos, enquanto Amapá e Distrito Federal registraram estabilidade com 0,0%, de acordo com a pesquisa.

Fonte: Gazeta Brasil

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