Uma onda de calor, acompanhada de um “alerta de perigo” emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), está afetando atualmente cinco estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esta é a terceira onda de calor registrada este ano e está prevista para persistir até a próxima sexta-feira (15).
De acordo com o Inmet, as temperaturas máximas nessas regiões devem exceder em 5°C a média mensal, podendo atingir até 40°C em alguns locais. O “alerta de perigo” permanecerá em vigor até o final da onda de calor, sendo emitido no início da semana.
O Inmet utiliza diferentes níveis de alerta para informar a população sobre as condições meteorológicas extremas. O termo “onda de calor” é utilizado quando há um aumento de 5ºC em relação à média mensal. Em casos de persistência desse padrão por 2 a 3 dias consecutivos, é emitido um alerta de “perigo potencial” (aviso amarelo). Quando essa persistência se estende por 3 a 5 dias consecutivos, o instituto emite um alerta de “perigo” (aviso laranja), como é o caso da atual onda de calor. Se o padrão persistir por mais de 5 dias consecutivos, um alerta de “grande perigo” (aviso vermelho) é emitido.
Na tarde de segunda-feira, Campo Grande (MS) registrou a temperatura mais alta do ano até então, atingindo 35,8°C. Segundo o meteorologista Fábio Luengo da Climatempo, a onda de calor é resultado de um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias, permitindo que o ar quente no centro do Brasil ganhe força.
Luengo explica que, embora ondas de calor sejam comuns nesta época do ano, a atual é atípica devido ao fenômeno El Niño. Mesmo estando em fase de enfraquecimento, o El Niño ainda influencia o clima no Brasil, e seus efeitos podem ser sentidos até a transição para a neutralidade, prevista para meados de abril.
A Climatempo prevê a expansão dessa massa de ar quente para outras regiões, incluindo o Triângulo Mineiro, todo o estado de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Rondônia, Roraima, parte dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Tocantins e Bahia.
Fonte: Gazeta Brasil