Os irmãos Batista, donos da JBS, têm planos de comprar a Cervejaria Petrópolis? Eis as informações disponíveis até agora

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21/01/2025 15:00 | 4 min de leitura


Churrasco com cerveja, um clássico brasileiro. Os irmãos Joesley e Wesley Batista, controladores da JBS e da J&F, estariam interessados em entrar no ramo das cervejas. De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os irmãos têm conversado com Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis, para comprar metade da companhia. A cervejaria entrou com pedido de recuperação judicial há dois anos.

Este não é o primeiro contato dos Batistas com a cervejaria. O Banco Original, controlado por eles, teria emprestado 328 milhões de reais para a Petrópolis no fim do ano, segundo o jornal Valor Econômico. A informação do financiamento – no modelo DIP – “debtor-in-possession” (devedor em posse, em tradução do inglês) – foi publicada no processo de recuperação judicial da Petrópolis, em decisão de liberação feita a pedido da cervejaria junto à 5ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, em 19 dezembro.

Sobre o possível impacto da entrada dos irmãos Batista, de cervejas, o grupo BTG vê a chance de um desafio para Ambev. Desde 2016, quando a Heineken adquiriu a Brasil Kirin, o mercado brasileiro de cervejas passou a ser dominado por três grandes players: Ambev, Heineken e Grupo Petrópolis.

Nos últimos dois anos, o Grupo Petrópolis enfrentou dificuldades financeiras e entrou em recuperação judicial (RJ). Segundo relatório do BTG, a RJ poderia ser uma chance para reerguer a empresa ou um passo rumo à venda de ativos, com a Heineken como potencial compradora, criando um duopólio no setor.

O processo de recuperação trouxe ganhos ao Grupo Petrópolis, com recuperação de volumes e mercado. Após operar com apenas 41% da capacidade em 2023, o grupo adotou preços agressivos para melhorar sua alavancagem, mas agora ajusta sua estratégia, elevando os preços médios. Isso sugere uma busca por equilíbrio, mas levanta dúvidas sobre novas dificuldades financeiras, na visão do banco.

Embora a perda de mercado beneficie mais a Ambev do que a Heineken, a possível entrada de um novo competidor poderia desafiar a liderança da Ambev. Para sustentar seu crescimento, a Ambev precisa manter o poder de precificação. Movimentos recentes da Petrópolis ajudaram a estabilizar o mercado, mas a maior competição pode pressionar os lucros de longo prazo, segundo o BTG.

Fonte: Veja

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