Candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal se manifestou sobre o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, protocolado pela oposição. Para o empresário, as cobranças para que o afastamento seja efetivado não devem ser dirigidas a ele ou a outros candidatos a prefeito, mas unicamente ao Congresso Nacional. Marçal apontou a mobilização popular como forma de fazer com que o impeachment siga adiante.
“Quem tem competência para fazer isso não é um jornalista, não é um candidato a prefeito. É o Parlamento. O Parlamento está fraco. O Parlamento precisa de força. Para quê? Convoque as pessoas na porta do Parlamento. São 513 deputados”, disse Pablo Marçal.
“Aqui vai um recado. Parlamentares, políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal só têm medo do povo. Ninguém afina pra nada, nem pra cadeia, nem pra nenhum tipo de ameaça, mas o povo. Se vocês realmente querem fazer isso [aprovar o impeachment de Moraes], têm que ir pra porta do Parlamento e pôr pressão naqueles 513 deputados, que o Parlamento já baixou a cervical faz muito tempo”, continuou, em entrevista ao site Oeste.
Embora Pablo Marçal tenha citado deputados, na verdade cabe ao Senado a instauração de um processo de impeachment contra ministros do STF.
No sábado (7/9), Marçal chegou a ir à Avenida Paulista para participar do ato de 7 de Setembro convocado pelo pastor Silas Malafaia para cobrar o afastamento de Moraes, com a presença de Bolsonaro e lideranças da direita. Contudo, o candidato a prefeito chegou ao carro de som após o encerramento dos discursos contra o ministro do STF e foi impedido de subir no trio elétrico.
Marçal foi alvo das críticas de bolsonaristas em agosto, após dizer que a saída de Moraes abriria espaço para mais um ministro do STF indicado pelo presidente Lula. “Observando a arquitetura da ação massiva contra Moraes, a denúncia da Foice de São Paulo (sic), a explosão pela Globo e um impeachment pelo Senado vindo daqui algumas horas. O que resta pensar? Lula está trocando o indicado de Temer e colocando um novo nome no STF e ninguém tá percebendo!”, avaliou.
A declaração foi interpretada como uma defesa à permanência do ministro. “É sério que o mais novo direitista está parecendo dar aquela passada de pano pro ministro depois de tudo que esse senhor fez e continua fazendo, mesmo agora diante de fatos expostos? Pegaram esse código?”, disse Carlos Bolsonaro em suas redes sociais.
“Pablo Marçal, deixa de conversa fiada. Que conversa é essa de colocar em dúvida as denúncias gravíssimas da Folha de S. Paulo sobre o ditador da toga Alexandre de Moraes. É amiguinho dele? Você nunca me enganou e não vai ser agora!”, vociferou Silas Malafaia.
Fonte: Metrópoles