PF solicitou prisão de Marcos do Val, mas PGR e STF negaram

Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
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11/09/2024 10:45 | 3 min de leitura


A Polícia Federal (PF) solicitou a prisão preventiva do senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo. O pedido foi rejeitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que no mês passado ordenou a apreensão do passaporte e o bloqueio das redes sociais do parlamentar.

Marcos do Val é investigado no STF pelos supostos crimes de embaraçamento em investigação, violação de segredo, incitação ao crime e corrupção de menores. Segundo a PF, Do Val atuou nas redes sociais para intimidar delegados que atuam em inquéritos no STF.

A PGR foi contrária ao pedido de prisão de Do Val defendido pela PF. “Não se verifica a presença de fatos ou circunstâncias que apontem a ocorrência ou permanência de riscos que se pretende evitar com a prisão cautelar, ao menos neste estágio”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em manifestação enviada a Moraes no fim de julho.

Gonet afirmou que as medidas cautelares seriam o suficiente para a investigação e ressaltou que Do Val poderia ser proibido de acessar as redes sociais.

Em 13 e 14 de agosto, Moraes autorizou a apreensão do passaporte e o bloqueio das redes sociais de Marcos do Val. O senador bolsonarista teve R$ 50 milhões bloqueados em suas contas por ordem de Moraes, para o pagamento de dívidas por decisões judiciais não cumpridas. Depois, Moraes recuou em parte e permitiu que o senador acessasse 30% de seu salário.

Desde então, Do Val tem protestado contra Moraes e dito que está dormindo no Senado por falta de renda. Disse Marcos do Val no último dia 3, no plenário da Casa, antes de posar para fotos deitado no local:

“Estou vindo aqui com minhas roupas e vou ter que morar no Senado. Não no meu gabinete, porque lá é um local de trabalho. Eu vou achar algum corredor e vou morar aqui, vou deitar e vou dormir até quando perceber que isso foi um pesadelo, que isso não era real”. O parlamentar, contudo, usa um imóvel funcional de senador desde 2019, quando tomou posse.

Fonte: Metrópoles

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