PGR apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal para considerar a ‘emenda Pix’ inconstitucional

apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal para considerar a ‘emenda Pix’ inconstitucional.
apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal para considerar a ‘emenda Pix’ inconstitucional.
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07/08/2024 20:40 | 3 min de leitura


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a inconstitucionalidade das "emendas Pix", aquelas que os parlamentares destinam diretamente para os cofres das Prefeituras e governos dos estados sem apresentação de projeto, de fiscalização e de controle de execução e aplicação do recurso. Nem sequer são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Gonet entende que esse tipo de repasse gera "perda de transparência, de publicidade e de rastreabilidade" dos recusos públicos destinados pelo Orçamento da União. O procurador pede ao tribunal imediata suspensão dos dispositivos legais que autorizam e permitem as emendas Pix. 

 

Na ação, o PGR argumenta que essa sistemática reduz o papel do Poder Executivo na operacionalização do orçamento e representa a entrega da verba a outro ente da Federação de modo direto, sem possibilidade de fiscalização do uso dos valores. “A quantia simplesmente passa a pertencer ao ente político beneficiado pelo ato da singela transferência”, diz a ação.

 

Esse tipo de emenda já é alvo de contestação numa ação apresentada no STF pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), e o ministro Flávio Dino já decidiu que esse mecanismo de repasse deve seguir critérios de publicidade, transparência e rastreamento.

 

Mas o PGR argumenta ainda que há dúvida se a Abraji tem legitimidade para ajuizar a ação. Isso porque, entende o Ministério Público, o objetivo da associação não tem relação temática com o assunto questionado.

 

 Correio Braziliense 

 

 

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