Na manhã desta quinta-feira (22), foram apreendidos 99 aparelhos de telefone celular em treze unidades prisionais do estado do Rio de Janeiro. Um dos objetivos da Operação "Chamada Encerrada", da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio (Seap), é combater crimes de extorsão por telefone, muito praticados de dentro dos presídios.
Em torno de 200 policiais penais participaram da ação. Eles fizeram uma espécie de pente fino nas celas e apreenderam, também, um roteador de sinal, além de 237 papelotes de pó branco, aparentemente entorpecente. Alguns materiais estavam escondidos em bueiros e até mesmo nas paredes.
“A Chamada Encerrada será uma operação permanente, por meio da qual mobilizaremos esforços para atacar de forma reiterada a comunicação ilícita de presos com o mundo exterior. As unidades da ação desta quinta-feira foram selecionadas a partir de um trabalho de análise de dados e levantamento de informações de inteligência, que acompanha de forma sistemática indícios de utilização de aparelhos celulares por parte de custodiados nos efetivos carcerários”, disse a secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel.
Apenas em 2023, a Polícia Penal, segundo a Seap, apreendeu e impediu a entrada de mais de 10 mil aparelhos celulares e mais de 20 quilos de material aparentemente entorpecente nas unidades prisionais. “Além de intensificar as revistas de rotina nas unidades prisionais com o intuito de coibir a prática de crimes cometidos intramuros, também reforçamos as revistas nas portarias das unidades para impedir a entrada de todos os itens ilícitos. Paralelo a isso, estamos viabilizando um sistema de bloqueador de sinal de aparelhos celulares, que já se encontra em fase de elaboração de edital”, informou, ainda Maria Rosa.
Fonte: Agência Brasil