Segundo Arthur Lira, o que o PT solicitou para apoiar Hugo Motta na presidência da Câmara

Foto: Joédson Alves/ABR
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01/11/2024 12:27 | 4 min de leitura


Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, anunciou as condições que o PT impôs para apoiar seu afilhado político, Hugo Motta (Republicanos-PB), na disputa pela presidência da Casa, em fevereiro.

O partido de Luiz Inácio Lula da Silva pediu para nomear um membro da sigla para o Tribunal de Contas da União (TCU). A negociação ocorre de forma antecipada, uma vez que a aposentadoria de dois ministros do tribunal ocorre até 2027.

“O PT solicitou a indicação da bancada deles e reclamou que politicamente nunca teve um representante no TCU”, disse Lira, em entrevista à Folha de S.Paulo. “[Há o compromisso] com o PT, sim, de eles indicarem a vaga”.

Ele também ressaltou que as negociações sobre a vaga no TCU são legítimas, embora a indicação ainda não tenha sido formalizada.

Negociações com PT e PL para eleger sucessor de Arthur Lira
Depois de o PT de Lula e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro declararem apoio ao seu candidato, Lira disse que buscou, para sua sucessão na Câmara, um nome que unificasse os interesses dos partidos.

O deputado afirmou que as duas legendas “estão no bloco majoritário” e vão ficar juntas no mesmo bloco agora da segunda mesa”. Segundo Lira, as negociações com os partidos são administrativas. “Espaços na mesa, nas comissões, as relatorias”, revelou.

Sobre a criação da comissão especial para analisar o PL da Anistia, Lira informou que “o projeto estava sendo inapropriadamente usado para eleição na Mesa”.

“Um tema sensível como esse, por tudo que aconteceu, por tudo que está acontecendo, estava sendo usado inapropriadamente”, disse o parlamentar. “Conversei tanto com um partido quanto com outro. Nós vamos dar a solução para isso dentro do meu mandato”.

Discussões sobre orçamento e reforma ministerial
Além das negociações para o TCU, Lira falou ainda sobre orçamento e a relação entre os Poderes, enfatizando a importância de manter o “equilíbrio institucional”. Ele também abordou a necessidade de espaço para partidos de centro em uma possível reforma ministerial.

Fonte: Revista Oeste

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