A primeira sessão do ano na Câmara Municipal de São Paulo expôs as dificuldades que a bancada do PL enfrentará em 2025. Nesta quarta-feira (1º), os vereadores do partido se dividiram na votação da Mesa Diretora, cúpula que comanda a Casa.
Os partidos da base do prefeito e o PT têm um acordo que se repete há diversos anos segundo o qual, em troca dos votos de seus vereadores na disputa pela presidência da Câmara, a sigla do presidente Lula ganha a primeira secretaria da Mesa.
Os vereadores petistas, então, votaram no candidato do governo, Ricardo Teixeira (União), que foi eleito. Em troca, Hélio Rodrigues (PT) recebeu os votos dos governistas e tornou-se primeiro secretário, posto que vinha sendo ocupado por Alessandro Guedes (PT).
No entanto, dos sete vereadores do PL, apenas quatro votaram nele, seguindo o combinado: Isac Félix, Gilberto Nascimento Junior, Sandra Tadeu e Rute Costa.
Os bolsonaristas Lucas Pavanato, Sonaira Fernandes e Zoe Martinez se posicionaram contrariamente.
Em seu voto, Sandra Tadeu disse: "sempre cumprindo acordos, é importantíssimo cumprir o acordo". Na sequência, Pavanato retrucou: "acima dos acordos da Casa está o acordo que fiz com meus eleitores".
Entre aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e lideranças municipais do PL, há temor de que não seja possível contar com o apoio do grupo bolsonarista em todas as votações na Casa e que, dessa forma, falte apoio em temas mais delicados nos próximos anos.
Fonte: Folha de S.Paulo