A Seap-RN divulgou um vídeo que mostra os presos que fugiram do Rogério Coutinho Madruga circulando livremente pelas dependências da unidade. Os fugitivos são Ricardo Campelo da Silva e Gustavo da Rocha Dias. Eles saíram no início da tarde da última terça-feira (30) e até agora não foram localizados. A secretaria investiga possível negligência.

Nas imagens é possível ver que os dois internos, de camisas amarelas e calças azuis, abrem uma porta e caminham tranquilamente pelo pátio. De lá, eles seguem até um portão que dá acesso à área externa da unidade.

O último trecho do vídeo mostra Ricardo e Gustavo já do lado de fora da penitenciária. Depois, eles entram em uma área de mata e somem. Após isso, eles só foram vistos novamente depois que invadiram uma casa e furtaram uma bicicleta. Uma câmera de segurança flagrou os dois no veículo. Enquanto um pilotava, o outro era levado no quadro.

“O vídeo mostra a facilidade com que os internos abrem a porta. Não é uma cela convencional. É uma cela onde são presos que estavam selecionados para trabalhar. Uma outra evidência é que eles trafegam livremente dentro da unidade sem acompanhamento. E a questão das câmeras. Os presos se deslocam mais de 50 metros certamente e ninguém viu. Isso precisa ser esclarecido”, afirmou o secretário de Administração Penitenciária, Helton Edi.

De acordo com ele, quatro policiais penais que estavam no dia da fuga foram afastados até a conclusão da investigação. A Seap não descartada o afastamento de mais servidores, incluindo a direção do presídio. “O efetivo da unidade é de policiais de total confiança, qualificados, mas infelizmente parece que alguns não cumpriram com o seu papel”, avaliou.

A Seap está oferecendo recompensa de R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil por cabeça, para quem fornecer informações precisas sobre a localização dos dois foragidos. As buscas continuam com apoio do setor de inteligência da secretaria. O secretário disse que não sabe se houve ajuda externa. “As investigações estão em curso, mas não tenho essa informação”, acrescentou.

“Está havendo uma confusão entre preso classificado e preso selecionado para trabalho. O processo de classificação está sendo implantado no RN. O processo atende a protocolos internacionais, é previsto na LEP. É um processo científico com critérios objetivos. Esses presos que fugiram não passaram por esse processo. Se tivessem passado, não teriam sido classificados. Estavam trabalhando porque existe uma praxe de selecionar os internos de forma subjetiva”, completou o secretário.

Com informações do Portal da Tropical

Fonte: Portal Grande Ponto