Mesmo com as incertezas no cenário externo, com riscos geopolíticos no radar e juros nos EUA em níveis historicamente altos, as bolsas globais tiveram desempenho relativamente bom no primeiro semestre. Em boa medida, os ganhos do setor de tecnologia, explicados pela euforia dos investidores com a inteligência artificial, explicam em parte esta performance positiva. Questões locais também pesaram no resultado.

No ranking de 20 principais bolsas globais, apenas quatro ficaram no vermelho no intervalo entre janeiro em junho, entre elas o Ibovespa. Incertezas fiscais pressionaram a bolsa brasileira, que terminou o semestre com perda acumulada de 7,66%, conforme levantamento do Valor Data.

O desempenho do Ibovespa só não foi pior que o IPC do México, que caiu 8,62% no período. Em terceiro lugar no ranking de desvalorizações está o CAC-40, da França, com -0,85%. Completa a lista o Xangai Composto (-0,25%).

Na outra ponta, o índice Merval, da Argentina, dispara 73,31%, em meio ao otimismo de investidores com a mudança de governo este ano. Em segundo lugar no ranking de maiores altas está Bist 100, da Turquia, com +42,54%. O índice Nikkei, do Japão, sobe 18,28%, seguido pelo Nasdaq, da bolsa eletrônica americana, com +18,13%. O também americano S&P 500 vem em seguida, com 14,48%.

Fonte: Valor Econômico