Saiba o que é bexiga imperativa e quais os principais sintomas

Crédito: Getty Images
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04/07/2024 16:41 | 5 min de leitura


A bexiga hiperativa (BH), também conhecida como Síndrome da Bexiga Hiperativa ou bexiga nervosa, é um conjunto de sintomas urinários que incluem urgência urinária com ou sem incontinência de urgência.

A BH é caracterizada por um aumento da frequência das micções e nictúria (necessidade de urinar durante a noite). Esses sintomas ocorrem sem que haja uma causa local ou metabólica identificável.

Segundo o National Overactive Bladder Study (NOBLE), a BH afeta 16,9% das mulheres e 16% dos homens nos Estados Unidos. Estima-se que uma em cada seis pessoas com mais de 40 anos sofra com seus sintomas. No Brasil, embora os dados específicos sejam escassos, acredita-se que a prevalência seja semelhante.

Os sintomas da bexiga hiperativa


Urgência urinária: Necessidade súbita e intensa de urinar.
Frequência urinária aumentada: Urinar com mais frequência do que o normal, várias vezes ao dia e à noite.
Incontinência urinária de urgência: Perda involuntária de urina antes de conseguir chegar ao banheiro.
Nictúria: Acordar durante a noite para urinar.
Dificuldade em esvaziar a bexiga: Pode levar a infecções do trato urinário.
Incontinência mista: BH pode ocorrer juntamente com outros tipos de incontinência urinária, como a incontinência de esforço.


Causas
As causas da BH podem incluir distúrbios neurológicos, como danos aos sinais entre o cérebro e a bexiga, mudanças hormonais, fraqueza ou espasmos musculares pélvicos.

Infecções do trato urinário, efeitos colaterais de medicamentos e doenças que afetam o cérebro ou a medula espinhal, como acidente vascular cerebral e esclerose múltipla, também podem ser algumas das causas.

Diagnóstico
O diagnóstico da BH é baseado na avaliação clínica, que inclui a discussão dos sintomas com o paciente (anamnese), registro de micções, exames laboratoriais e de imagem, avaliação urodinâmica e exames para descartar infecções urinárias, como o Exame de Urina Tipo I (EAS) e a cultura de urina.

Tratamento
Mudanças no estilo de vida: Ajustes na dieta e na ingestão de líquidos.
Fisioterapia: Exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
Medicações: Drogas que relaxam a bexiga ou reduzem a frequência das contrações.
Cirurgia: Em casos graves e refratários ao tratamento clínico.

Incontinência urinária
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, que pode ocorrer por várias razões e afetar homens, mulheres e crianças.

É considerada um problema de saúde pública no Brasil, impactando significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, representando 5% da população. Atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos.

Para conscientizar a população e combater tabus, o dia 14 de março foi estabelecido como o Dia Mundial da Incontinência Urinária. Essa data busca promover o conhecimento sobre a condição e encorajar aqueles que sofrem com ela a buscar tratamento.

Fonte: Catraca Livre

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