O Índice de Progresso Social (IPS), em sua primeira aplicação no Brasil, revelou que entre as capitais do país, Belo Horizonte é a terceira em qualidade de vida e desempenho socioambiental. BH fica atrás somente de Brasília, no Distrito Federal, e de Goiânia, em Goiás. No final do ranking estão Macapá (AP), em 26° lugar, e na última posição, Porto Velho (RO).
O IPS considera um conjunto de indicadores, na escala de zero (pior) a cem (melhor), que podem ser divididos em três grandes dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. As dimensões, por sua vez, são divididas em 12 componentes, sendo eles:
Necessidades humanas básicas:
Nutrição e cuidados médicos básicos;
água e saneamento;
moradia;
segurança pessoal.
Fundamentos do bem-estar:
Acesso ao conhecimento básico;
Acesso à informação e comunicação;
Saúde e bem-estar;
Qualidade do meio ambiente.
Oportunidades:
Direitos individuais;
Liberdades individuais e de escolha;
Inclusão social;
Acesso à educação superior.
Para fazer o cálculo do índice, foram utilizados 53 indicadores públicos de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, trazendo fontes como DataSUS, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel, CadÚnico, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, e outros.
Em relação às outras capitais que estão entre as três melhores, Belo Horizonte se sobressai nos quesitos acesso à informação e comunicação (80,27), inclusão social (45,55) e acesso à educação superior (74,56). No último, BH ficou à frente do Brasil inteiro, sendo a melhor entre todas as cidades no acesso à educação superior.
Nas mesmas categorias, Brasília pontuou 77,56 e Goiânia 79,64. Quanto à inclusão social, Brasília ficou com 37,23 e Goiânia com 37,02, enquanto no quesito acesso à educação superior a capital do Brasil ficou com 71,5 e a capital de Goiás com 72,73.
PS Brasil 2024 geral
No geral, o Brasil recebeu a nota 61,83 no IPS 2024. Entre as dimensões avaliadas, aquela em que o país se saiu melhor na pontuação geral média foi a categoria de necessidades humanas básicas, com nota 73,58. Já o pior resultado foi na categoria oportunidades, com 44,83.
Dos 12 componentes, metade apresentaram baixo índice médio, com nota inferior a 65, sendo eles direitos individuais (35,97), acesso à educação superior (43,88), inclusão social (48,42), liberdades individuais (51,04), saúde e bem-estar (58,59) e segurança pessoal (58,27).
Os indicadores que ficaram acima da média, com mais de 65 pontos, foram as condições nacionais de moradia (87,74), água e saneamento (77,79), nutrição e cuidados médicos básicos (70,51), acesso ao conhecimento básico (71,82), qualidade do meio ambiente (68,21), e acesso à informação e comunicação (69,77).
Fonte: Itatiaia