VÍDEO: O furacão BeryI está chegando na Jamaica e ventos no centro do furacão chegam a 220 km/h

Foto: NASA/Matthew Dominick
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04/07/2024 08:03 | 6 min de leitura


O furacão Beryl avança nesta quarta-feira em direção à Jamaica como uma tormenta de categoria 4 (a segunda mais alta, com ventos de 209 km/h a 251 km/h), entre avisos de metereologistas sobre ventos potencialmente mortais e tempestades, depois de deixar ao menos sete mortos e danos consideráveis ao atingir o sudeste do Mar do Caribe como uma tempestade de categoria 5 (ventos superiores a 252 km/h), disse o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).

Segundo relatos das autoridades, o fenômeno deixou pelo menos três mortos em Granada, onde tocou terra na segunda-feira, um em São Vicente e Granadinas e três na Venezuela, onde também há quatro desaparecidos. A previsão é de o poderoso furacão, o mais precoce da temporada atlântica e o primeiro a chegar à categoria 5 no mês de julho, chegue à Jamaica às 12h locais (14h em Brasília).

Qual é a possível trajetória do furacão Beryl?
Apesar do pequeno rebaixamente de força da tormenta, o NHC afirmou que o Beryl atingirá a ilha jamaicana como uma tempestade "grande", com ventos potencialmente fatais e inundações repentinas. O NHC também prevê que Beryl "passe perto ou sobre" as Islas Caimán nesta quarta à noite ou nas primeiras horas de quinta-feira, além de que cause tempestades na costa sul de Porto Rico, República Dominicana e Haiti. Alertas também foram emitidos para algumas áreas da mexicana Península de Yucatán, entre Chetumal e Cabo Catoche.

Toda Jamaica se preparou para a chegada de Beryl: os abrigos estão abastecidos com provisões em Montego Bay e instalações seguras em Kingston, os moradores colocaram proteções em suas casas e tiraram embarcações da água.

"Peço a todos os jamaicanos que se abasteçam de alimentos, pilhas, velas e água. Protejam seus documentos importantes e retirem qualquer árvore ou objeto que possa pôr em risco suas propriedades", disse o primeiro-ministro, Andrew Holness, na rede social X (antigo Twitter).

'Precedente preocupante'
Em Granada, o primeiro-ministro Dickon Mitchell disse que a Ilha de Carriacou ficou quase isolada, com casas, telecomunicações e instalações de combustíveis destruídas. Com 35 km², a ilha tem 9 mil habitantes.

— Não tivemos quase nenhuma comunicação com Carriacou nas últimas 12 horas, exceto brevemente nesta manhã por telefone via satélite — disse Mitchell em uma entrevista coletiva.

Segundo os especialistas, é muito raro que uma tempestade tão poderosa se forme tão cedo na temporada de furacões no Atlântico, que vai do início de junho ao final de novembro. As águas do Atlântico Norte estão entre um e três graus Celsius mais quentes que o normal, disse a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

Beryl “estabelece um precedente alarmante para o que se espera ser uma temporada de furacões muito ativa”, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A NOAA declarou no final de maio que espera uma temporada “extraordinária” de furacões este ano, com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.

O responsável climático da ONU, Simon Stiell, que tem família em Carriacou, disse que as alterações climáticas estão “levando as catástrofes a níveis de destruição sem precedentes”.

— Desastres numa escala que costumavam ser matéria de ficção científica vêm se tornando fatos meteorológicos, e a crise climática é a principal culpada — declarou na segunda-feira.

Fonte: O Globo

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